segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O Meu Olhar Que Não Muda O Mundo...

              

Um ponto
        Descortina
Uma  tristeza
         Sem hora,
Devagar,
         Lentamente,
Escurecendo
        O pôr-do-sol,
Gota a gota
Diluindo a
Alegria marginal,
Que paulatinamente
Morrendo,
Renasce o espaço
Do choro das
Dores do mundo,
Em silêncio
De solidão que
        Sangra...

Em cada esquina
Seres em abandono urbano.
O chão, a cama
O lixo, a fome
Papelão, o teto.
O caminhar sem destino,
Os nomes do mundo,
O escuro da desigualdade
Que povoa essa
Triste humanidade!

A tristeza sitiada,
Pousada nessa realidade cinza
Absurdamente crua.
O meu grito mudo,
Inoperante,
Ineficaz,
Insignificante,
Que se esconde
Apenas, no meu olhar
Que não muda o mundo...

Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)

       

2 comentários:

  1. Su, O MEU OLHAR QUE NÃO MUDA O MUNDO, é um desses poemas que causam uma ressonância poética a despertar a sensibilidade de quem lê. Podes não mudar o mundo mas, pelo menos, o tornas mais leve, mais solidário e amoroso, com a tua enorme Poesia.
    Um beijo no teu grande coração.
    Manoel Belo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Mor,
      Grandioso é esse teu comentário...
      Esse teu olhar,
      Que me conhece tão bem...
      Beijoooos

      Excluir

Este é um espaço importante para você deixar inscrito:

A sua presença,

O seu sentir,

A sua leitura,

A sua palavra.

Grata por compartilhar este momento de leitura aqui!

Abraço de Paz!

Suzete Brainer.