segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Meu Canto Profundo











O meu canto profundo
Canta um mundo
Quase perfeito,
Quase silencioso.
Um ciclo
Num ritmo
Melodioso,
Às vezes alegre,
Às vezes triste,
No sim,
No não,
Na construção
Fora do padrão
Longe da mesmice,
Muito perto de mim,
Num ponto,
No centro,
Quase invisível,
Quase infinito.

O meu canto profundo
Canta um mundo
Quase pacífico,
Quase feliz.
As palavras transportam
As cores das emoções.
Tudo é dito
Sem o grito,
A liberdade soa 
A verdade nua:
A violência é desnecessária
Enterrada com aprovação.
O meu canto profundo
Pede
Paz
Paz
No mundo,
E em cada coração.


Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)

Poema Reeditado.

Imagem:Do Google.






Meus votos de paz para o mundo e paz em cada coração!

Boas Festas!

Agradeço a todos(as) caros(as) amigos(as) pelo o voo da partilha aqui e no espaço de cada um. E continuemos, mesmo que a navegação neste planeta seja muito complexa, muitas vezes nos deixem sem esperança de dias melhores, mesmo assim, a viagem da vida é plena de beleza no gesto da partilha.

Beijo e Abraço de Paz!

Suzete Brainer.



sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Vozes Amigas nos Muros do Mundo



Imagem relacionada



Vozes amigas nos muros

Do mundo

Destroem as muralhas das

Indiferenças

Petrificadas em paredes

Humanas


Edificam-se gestos nas palavas

                    Ternos mudos passos

São voz tempo sonho

(Nossa voz é só uma)


Corpos anônimos

Carregam matérias vazias

De sentimentos...


        São nadas

São flores plantadas no asfalto


A minha voz encontra

A tua, amiga,

Formando pontes

De amizade

Entre mares e

Céus azuis estrelados

Vestidos de poesia

Em unidade humana


Somos nota do mesmo compasso

                              Verso da mesma letra

Almas unidas entre os espaços


Nas cores em partículas

Sonhadas de um mundo

Sem muros;

Sem olhos tristes de

Solidão cortante...


Todo o sonho tem a cor das pedras caídas

Da luz que entra em vitrais

                                  (Nossa letra é só uma)

Muros?

Em molduras

Arte em movimento

Vozes do mundo

Germinando

Sentimentos

Novos horizontes desenhando

Vidas que se interligam

No universo em movimento


Nascem estrelas no vazio

                     Cometas cruzam os mares

Muralhas quebram-se em pó

O que nos liga é a Palavra

                A voz é só uma, nosso traço


E o que ilumina

A nossa vida

nossos passos.





                                                              Dueto :  Suzete Brainer e Maria João Mendes.  


Poema reeditado (2012)

Imagem: Obra de Christian Schloe.


A minha voz amiga de saudade de ti, Maria!
Grata por esta parceria poética...
Que tu estejas bem com as tuas asas (poéticas) luminosas
em pleno voo de instantes significativos...
Beijinhos, Amiga.



                              

             
              

  
Partilha: Esta foi a minha primeira e única parceria poética. Uma parceria poética com a excelente, inspirada e sensível Poetisa Portuguesa Maria João Mendes. Neste espaço da blogosfera, existe a generosidade da partilha nos espaços de arte: poética, literária e fotográfica. Infelizmente, alguns blogs se encerram. Porém, a arte tem a força expressiva de se eternizar, por isso, partilho novamente este poema dueto.

Beijo e Abraço de Paz!

Suzete Brainer.


                              
              
                    
               

sábado, 25 de novembro de 2017

O dia começa com a tua luz...





Sabes, mãe,
penso em ti
          e,
              ao pensar,
tudo me leva ao amor,
num  rio calmo, sereno,
              feito de lágrimas,
que corre desenhando a minha
                        alma ao encontro da tua.
E uma saudade desfolhada
               de uma tristeza transcendida,
                       translúcida de alegria,
                                 preenche o verdadeiro espaço
                                       da tua presença,
                                               que me diz baixinho:
- Cabeça erguida, filha.
                           Cabeça erguida...
Olho,
         e o sol nasce.
O dia começa com a tua luz!...


   
      


 Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)

 Imagem: do Google


 Partilha: Este é um dos primeiros poemas que fiz para minha mãe em 2012.
              Depois, vieram outros poemas e prosas poéticas. Ultimamente, sinto
              uma saudade "galopante" dela... Nada como colo de mãe, quando
              sentimos o peso do mundo nas costas. No caminho por dentro de
              mim, a encontro de braços abertos...     



domingo, 5 de novembro de 2017

O Respirar Frágil da Minha Pátria




Imagem relacionada



 Mundos
     Desmoronam-se
Nas ruas
Das incertezas
Do respirar
   Frágil
Da minha Pátria

Um colar
    Doloroso
De perdas
Incalculáveis
Acumula-se
No calendário das horas...

Olhares de
   Tristeza
Guardam-se
No ponto do medo,
Verticalmente
A passear
Nas calçadas.
E no vazio das madrugadas,
Horizontalmente
   Dormem,
Presos ao desespero!



Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)

Imagem: Obra de Chistian Schloe. 

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Acolhedora dos meus Silêncios...










Ela, magrinha, com os cabelos lisinhos corte a La  Channel, com a neve pousada nos seus cabelos. Tinha as mãos, para mim um sinônimo de carinho, o maior cafuné do mundo...

A minha avó: Uma contadora de histórias; sábia nos conselhos sem intromissão; humor em cada frase e respiração. Grande mestra de um silêncio repleto de cumplicidade, carinho e cura...

Ficava eu com a minha cabeça deitada no seu colinho magro, esperando a sessão de cafuné... Ela, eu e o silêncio...

A minha acolhedora dos meus silêncios, partilhava os meus voos nas ondas do meu Mar de pensamentos; viajávamos no bordado do sentir sem palavras (poesia na essência da raiz da entrega), almas seladas pelo o amor transcendental. Este que revoluciona o Ser por dentro com a marca da bondade.

Nossa cumplicidade daquele dia de sol nascendo...  O banho de mar tão sonhado que lhe prometia à revelia dos cuidados em excesso de Mainha. No nosso silêncio guardava aquela aventura, vinte minutos de folia no mar sereno que nos abraçava. Depois duas toalhas grandes que lhe empacotei com todos os risos nossos... Em casa mais cuidados: banho morno, secador nos seus cabelos nuvens e o mais difícil de dissolver: aquele sorriso de satisfação no seu rosto e nos seus olhos cheios de mar... Mainha pescava as nossas expressões faciais e percebia algo transgressor das suas rígidas recomendações. Nos duas num silêncio profundo de mar...

No dia da sua morte foi o silêncio mais insuportável que eu vivi...

Depois fui fazendo as pazes com ele. Entendendo e apreciando cada vez mais a preciosidade do sentir sem palavras!...


Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)

Imagem: Alex Alemany

Para minha avó: Uma tentativa de expressar toda a sua beleza amorosa eternizada em mim... Sei que o silêncio é o caminho que nos liga, nos proporcionando a certeza deste elo eterno!...

(Reedição).



                         

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Magia




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A menina aparece
da janela do peito,
com fome de sorrisos
que façam barulho,
clareando a noite das rotinas.

Dela
vem um abraço
com a força de um laço,
a carregar as horas
no espaço da leveza.

Tudo
numa perspectiva maior
a conduzir para a simplicidade
dos dias.

Magia,
o nome da menina,
respirando na retina da mulher.




Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)

Imagem: Obra de Christian Schloe.


domingo, 22 de outubro de 2017

A Medida




Imagem relacionada



É de veludo a minha pele
a brotar as palavras
que me cabem e
livremente tocam os significados
irreverentes do meu olhar.

O meu livro
sem páginas
cria asas
no meu pensamento,
sobrevoando
no reconhecimento
a medida
da luz.




Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)

Imagem: Obra de Alexandrina karadjova.



                     

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

O Silêncio...


                            


                                                O silêncio:

                                                A jornada da minha alma

                                                onde as palavras se calam.

                                                O emudecer dos meus sussurros;

                                                a quietude de mim

                                                a transcorrer no silenciar

                                                o mundo,

                                                percorrendo o deserto

                                                da minha solidão permanente.


                                                A música do tempo,

                                                da esfera de dentro.

                                                A navalha que corta

                                                as palavras ao meio...


                                                A viagem da volta,

                                                a ausência dos que ficaram,

                                                o mergulho no esquecimento

                                                do passado inatingível

                                                dançando na linha do presente

                                                Impermanente!



                               Suzete Brainer ( Direitos autorais registrados)

                               Imagem: Google.

                               (Poema Reeditado).

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Que Tal A Gentileza?









       Soletrar o verbo

            vagarosamente,


    deixar permanecer nos teus olhos


       o significado do encontro.


       O mundo está congestionado


           pelo o ruido,


      pela frenética comunicação


          do barulho.


     Há o grito agredindo


     a sensibilidade do sentir


     a  voz melodia,


             no tom bossa-nova...



     Quero o silêncio


     ampliando o som do coração.


    Quero sentir


    o abraço das mãos


    no simples caminhar,


   conectado à infinitude do pôr-do-sol


   desconstruindo a densa realidade. 



   Viver a leveza


   dos movimentos a um toque,


   o encontro do olhar sem esperas,


   a escuta com alma,


   e a paciência de saber ser paciente 


   num mundo com pressa


                                compressão


                                explosão


   ainda assim,


   resta a suavidade


  de uma nova resposta:


                               a Gentileza.... 


(Poema reeditado) 


Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)


Imagem: Do Google.








              Caros amigos (as),

          Ainda continuo sem disponibilidade de tempo para
          o voo da partilha, aqui, e no espaço de vocês.
          Assim que puder, visitarei os espaços de vocês.
          Muita saudade deste ato da gentileza da partilha!
          Grata pelas presenças aqui!!
             
          Beijo e Abraço de Paz! 

          Suzete Brainer.                    

              

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Aviso Urgente!




            Meus caros amigos(as) e seguidores, venho informar sobre um perfil falso
            que foi feito no Google+ com o uso do meu nome, este perfil tem o nome
            Suzete Maria Brainer e sem foto e eu acabei de denunciar ao Google+ sobre
            este crime de uso do meu nome. Não consigo entender o que faz alguém 
            cometer um "crime" de usar o nome de outra pessoa, com o propósito para
            quê? Eita mundo insano!... Reafirmo que o meu perfil no Google+  é somente
            Suzete Brainer com foto e do mesmo jeito do meu perfil do meu blog. Somente
            tenho este blog de poesia e não faço parte de redes sociais como FB e etc. Para
            que todos saibam e não confundam o perfil verdadeiro com este perfil falso.
            Estou aguardar a resposta da denúncia que eu fiz sobre este crime. Tentei deixar 
            uma mensagem neste perfil falso, mas não consegui registrar.
            Agradeço a compreensão de todos!
            Uma breve pausa aqui no meu blog, quando retornar,
            visitarei os espaços de vocês
            para o voo da partilha que eu tanto aprecio!...
            
            Beijo e Abraço de Paz!
            Suzete Brainer.



terça-feira, 26 de setembro de 2017

Primavera




Ela percebia que nos seus olhos corriam todo o mistério da simples entrega. Os gestos estavam ali, no passeio do sorriso, em passaporte da vida...

A simplicidade sempre revela o essencial da genuína partilha. As complicações são entulhos de alma aprisionada no corpo, que carrega o peso das frustrações.


Seguir o fluxo do sentir em cada pétala do jardim... A primavera chega com a leveza das cores e cheiros, a se deixar ir ao vento, na plenitude do voo, numa doce liberdade envolvida de Sol!...



Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)


                                    


                    Uma breve pausa, na minha volta, 
                    visitarei os espaços de vocês
                    para o voo da partilha que eu tanto aprecio!...
                    Beijo e Abraço de Paz!
       


sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Passarinho Poeta (Poemas de Manoel de Barros)










O Fazedor de Amanhecer


Sou leso em tratagens com máquina.

Tenho desapetite para inventar coisas prestáveis.

Em toda a minha vida só engenhei

3 máquinas

Como sejam:

Uma pequena manivela para pegar no sono.

Um fazedor de amanhecer

para usamentos de poetas

E um platinado de mandioca para o

fordeco do meu irmão.

Cheguei de ganhar um prêmio das indústrias

automobilísticas pelo Platinado de Mandioca.

Fui aclamado de idiota pela maioria

das autoridades na entrega do prêmio.

Pelo que fiquei um tanto soberbo.

E a glória entronizou-se para sempre

em minha existência.



Tratado Geral das Gradezas do Ínfimo



A poesia está guardada nas palavras _______ é tudo que eu sei.

Meu fado é o de não saber quase tudo.

Sobre o nada eu tenho profundidades.

Não tenho conexões com a realidade.

Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.

Para mim poderoso é aquele que descobre as

insignificâncias (do mundo e das coisas).

Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.

Fiquei emocionado.

Sou fraco para elogios.



Os Deslimites da Palavra


Ando muito completo de vazios.

Meu órgão de morrer me predomina.

Estou sem eternidades.

Não posso mais saber quando amanheço ontem.

Está rengo de mim o amanhecer.

Ouço o tamanho oblíquo de uma folha.

Atrás do ocaso fervem os insetos.

Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu destino.

Essas coisas me mudam para cisco.

A minha independência tem algemas 





A minha homenagem a este fazedor de amanhecer, o Poeta Passarinho

que deve estar colorindo as eternidades com a sua mágica poética.

Voa grande Poeta,

daqui acompanhamos o voo... 

Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)

Imagem do Google

Poesia do Mestre Poeta Manoel de Barros.

(Reeditado - 2014).




                                  

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

A Inscrição do Silêncio




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 As palavras são folhas
Do meu caderno por dentro do corpo.
As anotações registradas na minha
          Alma
Tocam musica,
Plasmada do silêncio
       Que eu sou.




Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)

Imagem: Obra de Alexandrina karadjova.




                           



quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Hoje, Eu Acordei Gaivota...








As gaivotas

Voam.

Ondas do meu

Pensamento

Sobrevoam

O celeste,

Na busca do sopro

Que me distancie

Do asfalto.


Deixa gaivota,

Que por hoje

Eu seja o espírito

Que te habita;

O movimento das tuas asas;

A luminosidade do teu voo,

Pela trilha de uma

Liberdade

Que não me pertence.


Deixa-me sentir

O asfalto

Inexistente,

Diante de um

Mergulho no

Mar,

Vindo do céu

Que te pertence.


Hoje, eu sou gaivota

Imaginária,

Mesmo

Assim,

Em pleno

Voo do

Meu sentir...





Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)


Imagem: Google.






segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Recado de Aniversário





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Amanhã, mais um dia, um ano e a tua ausência tão disfarçada de presença... Aquele teu olhar a acolher a todos com a suavidade de um abraço protetor. Sim, mãe, tu abraçavas com o olhar; um olhar de unidade de alma, e como eu viajava na segurança do teu olhar que dizia sempre: - “Estou com você em todos os lugares e situações, a vida não é fácil e nem difícil, a vida é um desafio que precisa do amor para decifrar os caminhos com mais facilidade...”

Quero este teu olhar dentro do meu, a caminhar pela vida nas suas curvas e abismos.

Tenho este teu amor guardado em mim, e tudo levita quando penso na tua filosofia simples de vida, que colhia os mistérios no jardim do silêncio do olhar. O teu silêncio ensinava a dignidade de respeitar as singularidades humanas, numa igualdade fraterna de sentir o mundo!...

Sei, mãe, que estamos sempre juntas...
O caminhar da vida impulsiona-me a aplicar teus ensinamentos. Diariamente  me encanto com a força suave e constante deste nosso amor!

À minha mãe, Hilda.
Viva Hilda Brainer!


Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)

Imagem: Obra de Alexei Antonov.