E quem és? disse eu ao aguaceiro que cai suave,
Que, estranhamente, me deu esta resposta, aqui traduzida:
Eu sou o Poema da Terra, disse a voz da chuva,
Eterno ergo-me impalpável
da terra e do mar sem fundo,
Em direção ao céu, de onde,
surgindo sob uma forma vaga,
completamente transformado e no entanto o mesmo,
Desço para banhar a aridez, os átomos,
as camadas de pó do globo,
E tudo o que nelas sem mim
seria apenas sementes adormecidas e por nascer;
E para sempre, de dia e de noite,
devolvo a vida à minha própria origem
e torno-a pura e embelezo-a,
(Porque a canção, saída da sua terra natal,
depois de cumprido o seu dever e ter deambulado,
Ouvida ou não na sua hora, regressa com amor).
Autor: Walt Whitman Walt Whitman: Considerado pela crítica mundial o maior poeta da literatura norte-americana. Sua obra-prima Folhas de Relva (1885) é um dos pilares das letras modernas.
A voz sublime de Benjamin Clementine é a essência da música, que nos toca na sensibilidade como uma chuva inesquecível, da mais alta arte sublime da música! (Suzete Brainer).
A vida é uma graça Uma garça branca Voando na praça. Na praça Há vida A graça da garça branca Voando no infinito... No céu Um ponto branco A garça Com a graça da vida! Suzete Brainer (Direitos autorais registrados) Imagem: Google
sinto uma inquietude correndo pelas minhas veias, Arranhando a minha paz. Solenemente um ar triste deseja possuir-me. Mas, me encontro Indisponível. Formalmente digo não, e busco a minha alegria que ultimamente anda muito fora de casa apagando as luzes da minha estação. Mas olho, e, ao olhar, me sinto inteira, mesmo quando, em pedaços, vou construindo meus dias solares. Suzete Brainer (Direitos autorais registrados) Imagem: Obra de Gustav Klimt.
Penso em ti, e a caixa da minha memória com asas no tempo,
traz a menininha de pés de bailarina (sempre em ponta...), ecoar no seu sentir
integrado com a natureza: ”Tia, joga as uvinhas do mar para os
peixinhos!”. Os teus olhos guardavam o colorido das flores, do céu, do mar, dos
animais. Tu sempre percorrias pelos campos verdes, a brotar o sublime da tua
alma...
Existe em ti um encantatório da liberdade. Os teus pés já
diziam desde criança, que tu voavas com as sementes dos teus sonhos, a semear
esta sublime liberdade, descalça no toque do natural, genuíno e belo.
Nos meus olhos fica este encantamento a criar braços ao teu
redor, a colher esta ternura que te veste e sempre te chama: Bru!
Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)
Imagem: Foto de Bru. Dedicado a Bruna Lobo Brainer (Minha sobrinha e filha de alma e coração). Bru, Beijinhos saudosos!!