domingo, 5 de novembro de 2017

O Respirar Frágil da Minha Pátria




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 Mundos
     Desmoronam-se
Nas ruas
Das incertezas
Do respirar
   Frágil
Da minha Pátria

Um colar
    Doloroso
De perdas
Incalculáveis
Acumula-se
No calendário das horas...

Olhares de
   Tristeza
Guardam-se
No ponto do medo,
Verticalmente
A passear
Nas calçadas.
E no vazio das madrugadas,
Horizontalmente
   Dormem,
Presos ao desespero!



Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)

Imagem: Obra de Chistian Schloe. 

31 comentários:

  1. Brilhante poema, este!!

    Beijo e uma excelente semana.

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  2. As perdas. As incertezas. Os medos. Tudo leva uma Pátria a respirar com fragilidade.E não há cenários sossegados neste mundo tão cheio de inquietação...
    Um belíssimo poema, Suzete! Uma boa semana.
    Um beijo.

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  3. Há momentos em que dizer, seja o que seja, soará sempre como intromissão, se não mesmo abuso! Como intrometer uma palavra-outra (ainda que amiga e solidária) entre os “olhares de tristeza” da Poeta e as dores da Pátria, quando tão eloquentemente se fundem, como reflexo da mesma raiz e da mesma dor?

    Por isso saio-o em silêncio, amiga Suzete, registando apenas, com expressão do meu afecto, os votos para que o Povo-irmão do Brasil possa em breve ultrapassar este transe difícil da sua História

    Beijo

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  4. Olá Zuzete vim lá do blog da Lourdes, amei seu blog, amo poesias e já estou seguindo. Fique a vontade para conhecer o meu e seguir. Abraços

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  5. Parece Suzete que nosso viver é estar em constante canto da tristeza, por esta pátria mãe tão desbotada e sufocada pelos desmandos, que faz nossa gente desesperançada e cabisbaixa. Sua poesia grita dos porões e invade os salões de tapetes suntuosos dos que desgovernam do que surrupiam e apagam vidas sem nenhum temor.
    Uma semana maravilhosa para você.
    Beijo

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  6. Boa noite Suzete, que bonito. Adorei

    Bjos
    Boa Quarta-Feira

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  7. Nas esquina do tempo e da cidade, jovens que se afogam no vício, velhos que se agarram à mocidade. Gente que multiplica sonhos, gente que mata sonhos, ganância que rouba gente!
    E assim vai o mundo, Suzete, e nós incapazes de travar.
    Obrigada pela sua visita e gentileza e suas palavras. Também gostei do que vi, Verdade!
    Beijinho

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  8. O respirar da poesia no compasso da vida. Uns dias mais difíceis, outros nem tanto, uns dias de levaza outros a carregar nos ombros as incertezas. Grande beijo!

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  9. A incerteza é generalizada.
    Ainda que mais numas pátrias que noutras...
    Excelente poema, parabéns.
    Bom fim de semana, amiga Suzete.
    Beijo.

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  10. Quando se chega ao ponto do medo e ao vazio das madrugadas, como é frágil a vida! E o teu olhar de tristeza construiu um poema forte, belo e reflexivo.
    Que a esperança nunca nos abandone!

    Beijinhos, querida amiga Suzete.

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  11. Amiga Zuzete, grande verdade escreveste no lindo poetar. Mundos
    Desmoronam-se
    Nas ruas
    Das incertezas
    Do respirar
    Frágil
    Da minha Pátria
    Quantas incertezas e mais a esperança que melhore começa e faltar. Grata pela visita, e por seguir meu blog. Fiquei feliz! Seja sempre bem vinda. Abraços

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  12. Boa noite!
    Como de costume, estou aqui com o convite no 9º Poetizando e Encantando.
    A imagem para a temática, está muito deliciosa! Com certeza seu poetar vai ser maravilhoso!
    Uma dica! Na imagem tem algo que no PORTO se fabrica e é delicioso!
    O que será!!!
    Amanhã logo cedo postarei.

    Tenha uma noite de paz e que todas as manhãs
    você desperte com vontade de viver... E que nunca,
    de maneira alguma lhe falte FÉ para recomeçar
    um novo dia.
    Abraços, seja feliz!

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  13. Uma pátria que é o reflexo do mundo, com maior ou menor nuance. No fundo, as pessoas de bem são confrontadas com o vazio das soluções apresentadas, rejeitam-nas, mas teimam em olhar para o seu quintalinho, não se apercebendo da força do colectivo, duma vontade transversal às fronteiras geográficas e políticas.
    É bom questionarmos o mundo que nos rodeia, Suzete!

    Um beijinho :)

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  14. Quando José Afonso cantava "os vampiros" havia um povo, uma Nação transitado de medo. Mas a esperança não morreu. Não morrerá. Oxalá!!!
    Belo poema, Suzete.
    Bj.

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  15. Não existem pátrias perfeitas
    nem verdades absolutas
    só fortes convicções
    e já é tanto
    Bj

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  16. Boa noite Suzete!
    Lindo poema, Muitas verdade no escrito. Gostei muito.
    Um beijo!
    Continuação de boa semana!

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  17. Suzete, esta Pátria Amada
    Nunca foi tão remetida
    Ao caos e a sua vida
    Convalesce, mas há nada

    Que faça a Nação frustrada
    Procurar uma saída
    E com a sua árdua lida
    Há de achar a encruzilhada

    Para os vampiros sozinhos
    Seguir pelos descaminhos
    E o Governo em outro rumo.

    Nós não estamos sozinhos
    E todos os "desalinhos"
    Serão repostos no prumo!

    Grande abraço. Laerte.

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  18. Atualmente vivemos em muitas incertezas; principalmente
    aqui no Brasil.
    Mas como dizem... a esperança é a ultima que morre.
    Lindo! poema.

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    1. Grata pela sua visita e gentil comentário!
      Assim, que puder, visitarei o seu blog.
      Abraço de paz.

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  19. Caros Poetas amigas (os),

    Peço desculpa pela demora da publicação de seus
    gentis comentários, ultimamente estou distante da net.
    Assim, que puder, com uma disponibilidade de tempo, volto
    visitar seus blogs para o voo da partilha que eu tanto
    aprecio.
    Muito grata pelas presenças atenciosas aqui!!

    Dias felizes para todos.
    Beijo e Abraço de Paz!
    Suzete.

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  20. Olá, Suzete, belo esse teu poema, sinto lágrimas de tristeza, um amargo que teima em permanecer e que está nos tirando a oportunidade de termos esperança, é o que acontece comigo. É nossa pátria, nossas raízes que de certo modo parece que estamos perdendo o carinho, o orgulho de sermos brasileiros. Mas um fio de esperança teima em ficar.
    Emociona teu poema, Suzete. Aliás, como tantas coisas que você deixa seu coração escrever.
    Beijo, um ótimo fim de semana.

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  21. Olá, Suzete!
    É sempre com satisfação que venho ao seu blog (o mesmo se dá quando recebo suas amáveis visita).
    Gostei muito de seu belo poema, "O Respirar Frágil da Minha Pátria", que tem belíssimos versos, como estes (os primeiros versos de seus poema):

    Mundos
    Desmoronam-se
    Nas ruas
    Das incertezas
    Do respirar
    Frágil
    Da minha Pátria


    Parabéns, minha amiga.
    Um abraço.
    Pedro

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  22. Um poema que traduz brilhantemente, o clima pouco pacífico, que se sente, nesta fase que o Brasil atravessa, do ponto de vista económico, social, e político!...
    Como sempre, um trabalho de notável qualidade, Suzete!
    Peço desculpa também, pela minha ausência, por aqui... sucessivos problemas de saúde, com a minha mãe, têm tomado imenso do meu tempo... uma série de semanas, a recuperar a mobilidade, depois de uma queda, que lhe deixou uma perna, um pouco maltratada... a tempo de agora por estes dias, ir fazer uma pequena cirurgia, para recuperar a visão, para já de uma vista apenas, devido a cataratas... e talvez seja também a falta de visão, que causou uma queda, que poderia ter sido evitada...
    Por esse motivo, vou parar também um pouco na próxima semana, para ter possibilidades de acompanhar no pós operatório, para que nada se complique, visto ela ter problema cardíacos... e tomar medicamentos para o sangue... tudo tem de ser bem controlado, nas semanas seguintes...
    Um beijinho grande! Feliz fim de semana, Suzete!...
    E porque os meus próximos dias serão bastante ocupados... vou já hoje deixar a escrita em dia, por aqui... :-D espreitando os posts que me foram escapando, ultimamente...
    Tudo de bom!
    Ana

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  23. Vamos contra a corrente, Suzete! Vamos, vai passar! Não vamos perder a esperança! Não vamos perder o fio do amor em nossa gente...
    Um beijo,

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  24. Poema perfeito , Suzete . Tradução de nossos dias neste país sofrido . Beijos , minha amiga .

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  25. Thank you for the kind visit.
    Welcome and come back always.
    I will visit your blog too.

    A happy sunday four you!

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  26. As vezes me pergunto onde foi parar o nosso Heroico Brado Retumbante...
    Um poema profundo, um desabafo. Belo poema.

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  27. Tens o condão de, em pouco, dizer tudo.
    Eis mais um poema bem exemplificativo da minha opinião.
    Perfeitas as palavras, doloroso o sentir...
    Bj, amiga

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  28. Adorei esta forma de expressar o sofrimento.
    beijinho

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